O ORCID é uma plataforma que cria e gerencia
assinaturas digitais para pesquisadores e estudantes. A identificação única é essencial para
eliminar as confusões geradas por homônimos. A plataforma foi criada nos
Estados Unidos em 2011 com a intenção de contornar um problema que atrapalha
universidades, editoras de publicações científicas e bibliotecas: a dificuldade
de distinguir autores com sobrenomes muito comuns e identificar sua
contribuição acadêmica. O ORCID poderá
ser usado inclusive para identificação de autores em seus sites pessoais e
blogs.
Quando forem submeter um artigo a uma revista
científica, por exemplo, precisarão apenas informar sua sequência particular de
16 números, como a de um cartão de crédito, para que suas informações, tais
como nome, assinatura padronizada e afiliação, sejam preenchidas no formulário.
Para Packer, um passo fundamental para disseminar
o Orcid no Brasil é integrá-lo à Plataforma Lattes. “Para os pesquisadores
brasileiros, seria bastante útil se a informação que eles já registraram no
currículo Lattes fosse recuperada de forma automática pelo Orcid”, afirma o
coordenador do SciELO, para quem o Lattes precisa urgentemente se reinventar.
“A plataforma brasileira precisa de uma inovação radical para não ficar para
trás. Desenvolveu-se como uma base de currículos única e exemplar no mundo, mas
nos últimos anos deveria ter se tornado uma rede social por meio da qual os
pesquisadores pudessem fazer networking e trabalhar em redes, a
exemplo do que aconteceu com Mendeley ou ResearchGate. A perda de espaço do
Lattes e as barreiras que se impõem ao acesso e intercâmbio de dados é algo
trágico e revela a dificuldade do Brasil em inovar”, afirma o Coordenador.
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